Como em tantos outros locais, o território do concelho de Torres Vedras foi objeto de várias transformações ao longo do tempo, muitas vezes desregradas.
Nas Serras do Socorro e Archeira (e áreas envolventes), muitas destas alterações acabaram por traduzir-se no abandono das terras, com uma crescente degradação e desvalorização do seu valor patrimonial, em termos naturais, históricos, culturais e paisagísticos.
Com o intuito de inverter o processo, a Câmara Municipal de Torres Vedras quis classificar o território que engloba as Serras do Socorro e Archeira como área protegida de âmbito local, com base no regime jurídico da Conservação da Natureza e Biodiversidade e nos pressupostos da Convenção Europeia da Paisagem.
Da intenção à prática decorreram vários anos:
- a ideia e proposta inicial datam de 2004,
- a constituição formal decorreu em 2012,
- e a integração na Rede Nacional de Áreas Protegidas em 2017.
“O grande objetivo passou, e continua a passar, por criar condições que garantam a proteção do património das Serras do Socorro e Archeira, a nível biofísico, estético, paisagístico, cultural e ecológico”, conta a presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Laura Rodrigues, ao Florestas.pt, acrescentando que “este trabalho de conservação e valorização tem de ser feito, necessariamente, de forma equilibrada, permitindo o desenvolvimento sustentável da região”.
Assim, aos objetivos de proteção, intrinsecamente ligados à promoção do ordenamento do território das Serras do Socorro e Archeira, juntam-se outros, como a promoção e divulgação de todas as suas potencialidades enquanto polos de atração turística e de lazer.