Para traçar um retrato da floresta nas regiões portuguesas e saber, por exemplo, quais são as que têm mais área florestal ou quais as espécies com maior prevalência em cada uma delas, viajámos página a página pelos dados dos últimos inventários florestais – o nacional e os das regiões autónomas.
O IFN6, Inventário Florestal Nacional da responsabilidade do ICNF – Instituto Nacional da Conservação da Natureza e das Florestas, foi disponibilizado em 2019 e reporta ao estado da floresta em 2015. O Inventário Florestal da Região Autónoma dos Açores – IFRAA1 – é da responsabilidade da respetiva Direção Regional dos Recursos Florestais e os resultados dizem respeito a 2007, encontrando-se em andamento o IFRAA2. O Inventário Florestal da Região Autónoma da Madeira – IFRAM2 – é responsabilidade do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza IP-RAM e apresenta o retrato da área florestal desta zona em 2015.
O IFN6 dá-nos pistas interessantes sobre o essencial da floresta continental – nas regiões Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve – que são complementadas com a informação do IFRAA1 e do IFRAM2 nos territórios dos Açores e da Madeira. São estas as sete unidades territoriais definidas para fins estatísticos e designadas como NUTS 2. Um primeiro olhar sobre elas permite desde logo perceber que os mais de 3,2 milhões de hectares de floresta nas regiões portuguesas em Portugal não se repartem de modo equitativo. Mas há mais ideias que se evidenciam.