Os valores de não-uso incluem:
– valor de legado, ou seja, o valor atribuído à conservação dos ecossistemas para que gerações futuras possam usufruir deles;
– valor de existência em que se considera apenas a manutenção dos ecossistemas, independente dos seus bens e serviços poderem ou não vir a ser utilizados ou valorizados.
Por falta de informação, o valor económico total da floresta estimado pelo projeto ECOFOR.PT não considerou os prejuízos resultantes de pragas e doenças nem os das espécies invasoras e os valores de opção, e não contabilizou também os valores de legado e existência (valores de não-uso).
Centrado nos valores de uso direto e indireto, o projeto ECOFOR considerou:
– Os serviços de produção de madeira e lenha, cortiça, resina, plantas florestais de viveiro, produtos de exploração florestal (folhagem, folhas, ramos, outras partes de plantas, musgos e líquenes), mel, pinha, castanha, alfarroba, medronho, cogumelos, bolota, pastagens e caça;
– Os serviços de regulação de sequestro de carbono, proteção de solos agrícolas, qualidade da água e conservação da paisagem, biodiversidade e serviços culturais de recreio público.
Foram ainda considerados os custos dos incêndios florestais, tendo em conta os valores envolvidos nas ações de prevenção e combate, na perda de material lenhoso e de produtos florestais não lenhosos e no custo de recuperação das áreas ardidas.