Os efeitos das alterações climáticas, em especial o aumento da temperatura e da frequência de períodos de seca, assim como da ocorrência de fogos e de pragas, têm vindo a intensificar-se. Embora as alterações climáticas afetem os ecossistemas de acordo com o tipo de floresta e as condições de cada área, as florestas em geral estão a tornar-se menos resilientes a perturbações como incêndios, doenças e eventos climatéricos extremos, como as secas prolongadas. Esta perda tem implicações ambientais e socioeconómicas, sobretudo nas zonas rurais, pelo que é essencial desenvolver esforços para tornar as florestas mais resilientes.
É este o objetivo do projeto Resilient Forests, que, ao integrar vários critérios na abordagem de gestão florestal à escala da bacia hidrográfica, vem contribuir para o aumento da resiliência dos ecossistemas e florestas aos efeitos das alterações climáticas.
O projeto está a desenvolver uma ferramenta de apoio à decisão na gestão florestal que permite perceber quais as melhores opções a implementar na área florestal em estudo, de acordo com os critérios estabelecidos pelo utilizador: dar mais ou menos importância à produção de biomassa, ao abastecimento de água e à redução do risco de incêndio. Refira-se que esta ferramenta foi já aplicada a áreas florestais de bacias hidrográficas de Espanha e Alemanha, países também envolvidos nesta iniciativa que pretende contribuir para ecossistemas e florestas mais resilientes.
O projeto teve início em outubro de 2018 e a sua conclusão está prevista para setembro de 2022.