Proteger a floresta é uma prioridade da ação climática
As soluções apontadas para estabilizar o aquecimento global passam por reduzir as emissões de GEE e a utilização de materiais e combustíveis fósseis para metade em 15 anos, eliminar o seu uso em 30 anos e aumentar a área florestada em cerca de 24 milhões de hectares por ano até 2030. No entanto, estas medidas poderão não ser suficientes.
Para maximizar o potencial de sequestro de carbono há que proteger a floresta natural existente e aumentar as áreas de florestas naturais, promover plantações em zonas sem árvores e melhorar a reflorestação e a gestão florestal.
Apesar da dimensão dos desafios, os riscos não são uniformes, nem inevitáveis, e há oportunidades de mudanças a explorar: armazenar mais carbono em florestas e produtos de base florestal (madeira ou cortiça), substituir produtos e materiais de base fóssil, investir em biodiversidade e desenvolvimento sustentável.
Como salientado no Acordo do Clima de Paris de 2015, as árvores têm um papel crucial na acumulação de GEE na atmosfera, funcionando como sumidouros de carbono. A gestão florestal ativa pode aumentar a resiliência e a capacidade de adaptação a desastres relacionados com o clima. A redução das emissões provenientes de desflorestação e degradação das florestas, a conservação das florestas existentes, a gestão sustentável das florestas e o reforço dos stocks de carbono florestais são vitais para mitigar os efeitos do aquecimento global.
O aumento da área de florestas de conservação e de produção em todo o mundo contribui também para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, em termos da produção e consumo sustentáveis (ODS 12), do aumento da riqueza (ODS8), da diminuição da pobreza (ODS1) e da valorização do ambiente (ODS 15).