A palavra solo deriva do latim solum, que significa terra ou chão. Ainda hoje a expressão “solo da casa” é usada nalgumas zonas do interior do país. Para a maioria das pessoas, o solo é apenas um suporte físico, mas existem diferentes perspetivas sobre esta associação de partículas rochosas, material orgânico, ar e água que reveste a camada superficial do planeta. Por exemplo, para o geólogo é um conjunto de partículas soltas que existem sobre o material rochoso originário; para o agricultor é o substrato essencial para a produção de alimentos; e para o engenheiro civil é uma camada superficial cujas características físicas devem ser cuidadosamente avaliadas como material ou suporte para a construção de diferentes estruturas. De facto, o solo é tudo isto e muito mais.
O solo é a “camada superior da crosta terrestre, formada por partículas minerais, matéria orgânica, água, ar e organismos vivos” e “constitui um interface entre a terra, o ar e a água e aloja a maior parte da biosfera”, define a Estratégia Temática de Proteção do Solo da União Europeia. Nesta ampla perspetiva, é a camada superficial do nosso planeta; uma espécie de “pele” viva que respira, que afeta e é afetada pelas interações entre a atmosfera, o clima, a vegetação, os animais e a geosfera (as rochas e sedimentos que formam as camadas superficiais da crosta terrestre).