Séculos antes de se celebrar o Natal, o azevinho era já usado em diversas celebrações e pensa-se que as suas origens remontem a culturas do norte da Europa.
Acredita-se que o azevinho era uma das árvores muito apreciadas pelos Druidas, os mais letrados dos Celtas, cujos registos mais antigos datam do século 3 a.C. Apreciavam-no por ser uma árvore perene, que se mantinha verde quando outras perdiam a folhagem, e pelas suas drupas que coloriam de vermelho as florestas nevadas durante os longos e frios invernos.
Esta capacidade de o azevinho resistir ao frio e à neve terá sido interpretada como símbolo de imortalidade e proteção. Na mitologia Celta, dizia-se que trazer azevinho para casa era sinónimo de abrigar do frio os espíritos da floresta que, em troca, seriam gentis com a família.
Mais tarde, também os Romanos colheram azevinho, que ofereciam a Saturno durante as festividades da Saturnália – as festas do solstício de Inverno, ou seja, do início do inverno, data muito próxima daquela em que se celebra o Natal.
Os cristãos também penduraram azevinho nas portas das suas casas como forma de proteção, destinada a prevenir a entrada de espíritos malignos, mais propensos a “manifestar-se em dias santos”. Este terá sido um dos motivos que levou à sua associação ao Natal Cristão, embora haja quem relacione o azevinho com outros elementos simbólicos do cristianismo: as folhas do azevinho remetem para a coroa de espinhos e as suas drupas vermelhas para o sangue de Jesus.