Na culinária, são preparados como iguarias. Em entradas, sopas, pratos principais e, até, em sobremesas. Há dezenas de cogumelos comestíveis que, embora diferentes entre si, são igualmente ricos em vitaminas, minerais e poucas calorias, o que os torna numa interessante opção para refeições leves.
Estes “tesouros” que nascem em florestas, bosques e lameiros têm sido apreciados desde tempos remotos e não será por acaso que eram conhecidos pelos Romanos como o “Pão dos Deuses” ou como o “Elixir da Vida” pelos Chineses, recorda o projeto “Vem conhecer os cogumelos: uma riqueza do Alentejo”. Também no Antigo Egito, eram considerados a planta da imortalidade e chamados de “presente do deus Osíris”, sendo servidos como iguarias aos faraós.
Os cogumelos silvestres terão sido, provavelmente, um dos primeiros alimentos colhidos pelos povos recolectores e, em inúmeras culturas da Antiguidade, consolidaram-se também como recursos medicinais. Na medicina chinesa, por exemplo, o fungo de lagarta (Ophiocordyceps sinensis, anteriormente Cordyceps sinensis) é usado há mais de 700 anos e mantém-se muito popular para tratar afeções como as cardíacas, respiratórias, hepáticas e renais. Já o cogumelo imperial ou do imperador Ganoderma lucidum (Lingzhi na China) é reconhecido na terapêutica há mais de 2000 anos, sendo-lhe atribuídos benefícios do controlo dos níveis de glicose ao fortalecimento do sistema imunitário e à atividade anticancerígena.