Quanto à castanha, mais do que valores totais de produção, é a vocação exportadora que dá fama (e proveito) a Portugal. Também de acordo com a FAOSTAT, Portugal é o segundo maior exportador europeu de castanhas – e o terceiro maior do mundo -, com valores que rondaram os 42,5 milhões de dólares e as 13,2 mil toneladas em 2017 (último ano de dados disponíveis na FAOSTAT). É uma posição de destaque para a castanha portuguesa que, embora se tenha mantido estável no terceiro lugar do pódio mundial nos últimos anos, registou uma perda em valor e volume nas exportações em 2016 e 2017.
Tendo em conta o volume total de produção indicado pela FAO – cerca de 29,9 mil toneladas em 2017, que fazem de Portugal o quarto maior produtor da Europa e sétimo maior do mundo –, Portugal exporta quase metade daquilo que produz (44,5%). Dados mais recentes do INE apresentam uma evolução positiva: em 2018, Portugal produziu cerca de 34,1 mil toneladas, mais 4,2 toneladas do que no ano anterior. Há, no entanto, uma discrepância entre os valores oficiais e as estimativas da RefCast – Associação Portuguesa de Castanha, que situa a produção nacional de castanha entre as 45 mil e 50 mil toneladas anuais.
A China foi o líder absoluto em produção (mais de 1,9 milhões de toneladas em 2017) e volume de exportações (33,9 mil toneladas), em 2017. No entanto, o valor da castanha chinesa no mercado internacional fica aquém do valor conseguido pelos principais produtores europeus: a China registou, em 2017, um valor médio de 2163 dólares por tonelada exportada, atrás do valor médio de 4557 dólares/tonelada exportada da castanha italiana (que a colocam como líder de exportações em valor) e dos 3201 dólares/tonelada da castanha portuguesa.
A exportação de castanha representa 42,5 milhões de dólares (39,1 milhões de euros) para a economia portuguesa, num valor médio de 3201 dólares (2943 euros) por tonelada exportada. Há, no entanto, desafios importantes que importa minimizar, como as perdas de valor registadas ao longo da cadeia de distribuição.