Uma das mais reconhecidas aplicações do zimbro e das suas “bagas” é a aromatização de bebidas espirituosas, mas este grupo de espécies, composto por várias árvores e arbustos, é valorizado em muitas outras utilizações.
Zimbro é o nome pelo qual são conhecidas variadas espécies do género Juniperus, como o zimbro-comum ou zimbro-anão (Juniperus communis) e o zimbro-bravo ou oxicedro (Juniperus oxycedrus). Estas são duas das sete espécies que existem naturalmente em Portugal e são exemplificativas da versatilidade de aplicações do zimbro.
Nestes e noutros zimbros, quase tudo pode ser aproveitado. As diferentes partes destas plantas – madeira, folhas, frutos – são valorizadas em áreas que vão da culinária e bebidas espirituosas à saúde e perfumaria, passando pela carpintaria. O valor ornamental é outra das razões pelas quais o zimbro é procurado.
Apesar das múltiplas aplicações do zimbro, a plantação para fins industriais não é frequente em Portugal. As espécies que por cá crescem naturalmente encontram-se em pequenas zonas do território continental e em alguns casos integram habitats naturais com interesse para a conservação, conforme consta da Diretiva Habitats (Anexo I). Na Madeira e Açores, há inclusive espécies de zimbro consideradas vulneráveis e em perigo.
Algumas espécies de zimbro são fáceis de encontrar em viveiros. A plantação permite desfrutar da sua beleza e benefícios. Vê-los crescer pode demorar algum tempo, mas não requer cuidados exigentes, uma vez que os zimbros são espécies capazes de resistir à seca, a ventos fortes e até à neve. E conseguem desenvolver-se em terrenos improváveis, como dunas e zonas pedregosas.