Ao selecionar populações de árvores mais eficientes e adaptadas a determinadas condições, o melhoramento genético permitirá aumentar da resiliência e produtividade da futura floresta, contribuindo para disponibilizar matérias-primas lenhosas. Estes materiais são essenciais para responder à procura crescente da população mundial (também ela em contínuo crescimento) e para fazer face às necessidades inerentes à transição para uma bioeconomia mais sustentável. No entanto, há desafios do melhoramento genético florestal, atividade que se desenvolve num horizonte temporal muito alargado, que importa conhecer.
As alterações climáticas e o previsível agravamento dos efeitos que delas decorrem no médio e longo prazo constituem atualmente um dos mais complexos desafios do melhoramento genético florestal. Porquê? Porque sabemos que as florestas que plantamos vão demorar muitos anos a crescer – nalguns casos, várias décadas – e é difícil antecipar quais serão as condições climáticas a que terão de se adaptar no futuro e os efeitos que as alterações do clima poderão desencadear nas árvores.