Desde que vemos as amendoeiras em flor, ainda no inverno, até à maturação da amêndoa – a semente a que chamamos fruto – decorrem cinco a seis meses e é entre estas duas épocas, pela Páscoa, que as amêndoas são mais procuradas, tanto as açucaradas e cobertas, como a farinha e pasta do seu miolo, amplamente usados na confeção de dezenas de doces de amêndoa.
Apesar de a Páscoa ser atualmente a época de consumo por excelência, o facto de a amêndoa com casca poder ser conservada até dois anos, desde não esteja exposta a calor ou humidade, fez dela um importante recurso alimentar para as famílias rurais, em especial em zonas mais áridas onde, ao contrário de muitas outras culturas, a amendoeira consegue prosperar.
À possibilidade de preservação por longos períodos, junta-se o reconhecimento do valor nutricional da amêndoa. É este valor, hoje detalhado por cientistas e nutricionistas, que continua a ditar a inclusão da amêndoa numa dieta equilibrada, embora o seu elevado teor em gorduras recomende moderação.