Cada vez que uma cidade se amplia, o território transforma-se. A concentração de edifícios e estradas impermeabiliza o terreno, afetando a circulação da água, o equilíbrio do solo, a continuidade dos habitats, a biodiversidade, a poluição e a temperatura local. Os espaços verdes urbanos podem reduzir estes impactes.
Com mais de 50 por cento da população mundial a viver em vilas e cidades – um número que, até 2050, se prevê que possa subir para os 68% -, os espaços verdes urbanos, assim como outras soluções baseadas na natureza, são considerados centrais para a “melhoria da qualidade dos aglomerados urbanos, o aumento da resiliência local e a promoção de estilos de vida sustentáveis”, fomentando tanto a saúde como o bem-estar dos seus habitantes, lê-se em “Espaços verdes urbanos: um manual para a ação”.
Embora a importância dos espaços verdes urbanos se tenha destacado nas últimas décadas, face à proliferação de grandes metrópoles e às pressões acrescidas das alterações climáticas, há muito que os seus benefícios são reconhecidos. Basta pensar que a ideia de criar o Parque Florestal do Monsanto numa zona árida de Lisboa, há mais de um século, já tinha entre os seus objetivos amenizar o clima na cidade e contribuir para a saúde pública da sua população.
Estes são apenas dois dos seis serviços vitais que os espaços verdes prestam às cidades. Vamos descobri-los: